ENTRE A CRUZ E A ESPADA.


Hoje, durante o trabalho, num encontro rápido com uma colega, começamos a conversar. Daí ela me confidenciou a sua sensação de desconforto, quando vê duas pessoas do mesmo sexo de mãos dadas, não importa onde for, (na rua, no Shopping,..) e que mesmo sabendo das mudanças comportamentais necessárias que vem acontecendo no mundo, para garantir a liberdade das pessoas e  suas diferenças, o que é justo, ainda assim o seu desconforto persiste.
Sente um desconforto que é maior do que ver famílias jogadas sobre as calçadas passando por privações; Inacreditavelmente maior, do que toda a roubalheira protagonizada pelos dirigentes deste país, em que somos vitimados e outras tantas violências que nos rodeiam no dia a dia e que parece tão normal aos nossos olhos vigilantes.
Esta sensação de mal estar, por questões que eu pessoalmente considero de menor importância, se comparadas a outras de maiores agravos, são dissidências de quem possui dificuldade de acompanhar as mudanças do mundo moderno, na medida em que percebemos essas desproporções morais.
Nossos preconceitos são muito mais profundos, do que as nossas próprias evidencias intelectuais. Quanto ao resto, cada um deve encontrar seus métodos pessoais de desfazer-se desses embates, que por vezes nos divide entre a cruz e a espada.

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