POR QUE DEIXO A TAMPA DO VASO SANITÁRIO ABERTA.

Eu não sei exatamente quando e porque mudei alguns hábitos na minha vida. Eles foram simplesmente acontecendo... Mas quando falo desta mudança, estou me referindo a coisas bem simples do cotidiano, que fazia e não faço mais e que me gerava um grande stress quando deixava de fazer, como: Minha compulsão por limpeza e por organização.
Fui daqueles fanáticos por dobrar milimetricamente camisetas dentro das gavetas e ainda padronizar por ordem de cores, simplesmente por fazer bem ao meu ego.
Louças, copos e panelas amontoadas em cima da pia, por exemplo, me fazia perder o sono e levantar na madrugada para deixar tudo lavado, enxugado e guardado na devida ordem, o que hoje me parece tão relevante e desnecessário.
Outras particularidades em mim, também mudaram. Meu semblante serio se tornou mais sereno, menos agressivo. Minha falta de paciência que gerava pequenas explosões internas de ódio, deram lugar a um despretensioso erguer de ombros e sair a passos.
Alguma mudança ocorreu, para que eu abrisse mão de um velho perfil  e reinventasse um outro, que não se sente culpado de apertar o tubo de creme dental no meio, que não se preocupa com pequenas bagunças, poeira nos moveis e nem com a tampa do vaso sanitário aberto. 
Alias, manter a tampa do vaso aberto, me soa como um premio, por estar ocupando um espaço próprio que eu crio as regras. Preciso vê-lo aberto para sentir que ainda estou no comando da minha vida e longe de insatisfações alheias.

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