A pele Que Habito.


Agora vou falar do filme que assisti ontem, no Sábado à noite, entre amigos e que coincidentemente postei na sexta- feira, falando sobre a dificuldade que encontrava para me organizar e sair para assistir no cinema, pela falta de tempo e outros compromissos, fazendo-me por vezes perder o estímulo e ficar no aguardo de novas oportunidades: Pois bem, no Sábado surgiu a oportunidade sem nenhum esforço através de um convite e agora posto rapidamente o que achei do filme.
Analisar ou fazer qualquer comentário rápido sobre A pele Que Habito do Pedro Almodóvar, corre-se o risco de nos tornarmos simplistas e de raciocínio raso, porem corro o risco já que é quase impossível ficar calado diante de algo que nos põe atento do inicio ao fim, num filme que concentra em seus 120 minutos fortes jogos emocionais mergulhados em temas como a solidão, vingança, morte, poder, aceitação, inversão de valores estéticos. Almodóvar consegue com grande maestria, trabalhar estes temas já batidos por outros diretores, sem ser repetitivo e piegas, mostrando numa fracionada dinâmica de tempo, cada episódio com revelações inusitadas. A estética fotográfica também é primorosa em suas nuances que se contrapõe entre o claro e o vibrante e tomadas de objetos fálicos e pequenas esculturas mostradas em cenas para denunciar o psique do algoz e de sua vitima, numa historia pelo menos surpreendente e sem estardalhaços.
Seria esta a história de um Frankenstein contemporâneo? Almodôvar surpreende, sempre surpreende deixando em seus espectadores ao menos aquela sensação incomoda de mal estar.

 


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