O Astro

No decorrer dos anos, tudo parece ter evoluído, de forma que até mesmos as novelas, cujo o nosso país é campeão na modalidade e respeitado lá fora, seguiu os mesmos passos. Hoje quando assistimos algumas cenas mal feitas ou mesmo que não correspondam a realidade do mundo, fica parecendo tão superficial e bobo quanto uma historia de um desenho animado, com a cenas exageradas e irreais, perdendo assim a credibilidade/veracidade. Eu concordo com o blogueiro Tony Goes ao  criticar a nova reprodução da novela "O Astro", colocado ao ar, nesta semana pela TV Globo, cuja a historia envelheceu tanto que não combina mais com a nossa realidade.
Eu gostava das historias escritas por Janete Clair, mesmo quando não concordava com alguns rumos que dava a suas novelas. Eram outros tempos e me parecia que aquelas cenas de ficção cabiam pra mim, ao menos na realidade emocional que eu acreditava ser a minha  vida. E pode crer que emocionalmente somos mais fictícios do que realistas, não é mesmo?
Passado todo esse tempo, a sensação que tenho ao rever esta reprodução, é de abrir um álbum de fotografias do passado e constatar que as fotos não batem nem com a minha realidade de hoje e muito menos com a do passado e que são apenas caricaturas mal desenhadas. Desta forma atemporal, eu pergunto onde ela se encaixa? 


O erro fatal desta nova produção compactada em 60 capítulos, apresentada pela TV Globo, se deve unicamente a falta de ajustes à realidade de nossos dias, cujos os produtores não se deram ao trabalho de adaptar. Como o Tony Goes escreveu em seu blog: É possível acreditar que duas herdeiras ricassas saiam à noite para assistir um show de magicas ou que o filho de um magnata desapegado aos bens materiais, tome aquela conduta de ficar pelado numa festa, diante dos convidados de seu pai, em protesto a sua ausência? Ora, os tempos são outros!.. 
E ainda falando em caricaturas e ajustes, não dá para esquecer a atuação afetada e cheia de maneirismos de Regina Duarte interpretando a fútil Clô Hayalla. Eu nunca fui fã de Tereza Raquel que interpretou o personagem em 1978 e que eu achava mais uma descontrolada do que propriamente fútil, mas nestas horas eu tenho vontade de chama-la de volta.

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