Pulga na orelha e borboletas no pensamento

Neste momento, me encontro numa espécie de  recesso ou hibernação emocional para interagir com as pessoas, como se algo me impedisse de me manter leve e a vontade nos  meios sociais por onde circulo. Me ponho camuflado, concordado, repetindo bordões que todos estão acostumados à ouvir, mas que não é o que  eu gostaria de dizer, me submetendo a repetições de idéias ou caindo  em abismos do [é.., pois é...] Será que é isto mesmo que eu estou sentindo ou é apenas cansaço do trabalho, da vida, de mim mesmo?.. Haverá alguma discussão ou poema novo a serem trocados?
Eu acho que  existe vários motivos de fecharmos nossas portas e janelas de acesso interno aos que estão a nossa volta. Primeiro, quando nos fechamos intencionalmente  por razões visíveis e autorizadas por nós mesmos e segundo, quando elas se fecham sem ter um motivo reconhecido e aparentemente sem razão. Me  sinto nas duas situação sem nenhuma justificativa para este impasse.
Este tipo de sentimento parece estar ligado a uma linha fina mas resistente de insatisfações introjetadas, que de uma hora para outra se rompe e volto a me sentir livre, aberto à novas perspectivas emocionais.
Mas independente destas situações comuns a quem respira, a vida mantém o seu ciclo incondicional e foi neste ciclo que se move independente, que ontem recebi um elogio de uma pessoa que eu não esperava receber e que meu colega jurou  ser uma cantada.
Cantada a esta altura do campeonato.., mas por que não?..
Eu sou um tanto lerdo para absorver algumas manifestações inesperadas como a de  ontem, mas também fiquei surpreso por ser clara e direta, me pondo uma pulga atrás da orelha e algumas borboletas no pensamento.

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