Broas de polvilho e mate doce


Logo que eu levantei da cama e me debrucei no parapeito da janela, o dia estava de uma cor verde ictérica, parecendo anormal. Uma cor que eu nunca tinha visto antes e que me deixou intrigado. A chuva logo veio atrás, conforme a previsão dada ontem no jornal da TV. "Chuva, muita chuva em algumas regiões do Sul e Sudeste do país".
Semana passada estive numa cidade no interior do Estado, com casinhas de madeira em estilo da campanha, sobre extensos campos e saindo fumaça de suas chaminés. Eu gostaria de estar hoje por lá, comendo broas de polvilho com mate doce. O resto eu deixo ainda por conta da imaginação...
Eu lembro quando estive em Cambara do Sul, com uma colega, na casa de uma amiga. O fogão à lenha aceso, pinhão assado na chapa, uns dias chovia, no outro fazia frio, banho em chuveiro improvisado, cavalgadas para recolher o gado, as ovelhas, uma simplicidade tamanha que só pode ser traduzida como a melhor qualidade de vida que ainda é possível de se ter acesso.
Faz tanto tempo que eu estive por lá, que quase não lembro do rosto das pessoas que me acolheram, mas o carinho ficou registrado na alma.

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