O tempo passou na janela e só Carolina não viu...

Algumas vezes penso com mais seriedade sobre esta postura das pessoas em geral,  irem se fechando para algumas possibilidades apresentadas pela vida, em função de pequenas situações que lhes desagradam e eu até me incluo entre elas.
Quanto mais avançamos na idade, mais seletivos ficamos e isto parece nos arrastar para uma intolerância maior na complexa arte de conviver em grupos, absorvendo conceitos e maneiras de viver, que nem sempre acreditamos e compactuamos. Esta postura nos deixa na contra mão de estarmos abertos para oportunidades que poderiam nos renovar em meandros nunca experimentados. Se tendenciamos à correr somente nos trilhos de nossas verdades, acabamos nos isolando em nossos  conceitos absolutistas sem provar o intercâmbio das diferenças.
Quem de nós pode afirmar que ler um bom livro de poesias, pode ser melhor que um roda de pagode, ou ainda uma grande viagem, melhor que um passeio no subúrbio com amigos?. Existem surpresas inusitadas quando derrubamos normas conceituais, adquiridas por dúvidas e medos.
Somos vaidosos com nossa cultura às vezes retirada de folhetins, por achar que nossas escolhas são melhores que a dos outros, até chegarmos no momento em que não nos servimos mais, pelo excesso de regras. Precisamos mais que aos outros, nos surpreender com nossos atos, ser mais simples, tolerantes, ousados, indiscutivelmente menos preconceituosos. A vida é como um rio que espalha seus braços em direção a o mar. Seguimos seu fluxo ou viraremos uma Carolina em que o tempo passou na janela e só ela não viu.

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