Acordos

Semana passada encontrei Iara, uma ex-colega de trabalho que eu não via, faz muitos anos. Trabalhávamos no hospital da PUC e nesta ocasião, era uma das mulheres mais bonitas e elogiadas daquele setor e não só se diferenciava pela beleza, mas pela delicadeza e educação que eu percebi, mantém até hoje. Nos encontramos por acaso no corredor do super mercado e depois de relembrar-mos das correrias e piadas que fazíamos no corredor do hospital e de outros colegas que simplesmente desapareceram nesta vida e que não mais vimos, me confidenciou que estava vivendo com um colega de trabalho que insistia desde de muito tempo para ficarem juntos, mas que ela resistia, por acreditar que não caberia mais um homem em sua vida depois da viuvez. Até que um dia, após muita insistência dele, resolveu dar-lhe uma chance. Bom, como diz o ditado,"Tiro dado bugio deitado" Vivem juntos a mais de oito anos e segundo ela, cada um no seu quadrado! Neste momento ele se aproximou, colocando algumas compras no carrinho e me cumprimentou sorridente. Eu não lembrava dele, mas disse se lembrar de mim. Fiquei curioso, mas não tive coragem de perguntar: Se viviam cada um no seu quadrado por que usavam o mesmo carrinho de super mercado e descordavam de alguns utensílios escolhidos na prateleira fazendo cara de desaprovação um para o outro? Era apenas uma fato coincidênte? Depois pensei que acordos são acordos e o que serve pra uns, não serve para outros. Estas regras do bem viver, são tão pessoais que não se discute. Cumprimentei-os mais uma vez, desejando felicidades aos dois e fui embora.

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