Cruzando as paredes

Chove muito esta manhã e da cama eu posso ver a agua escorrer sobre o telhado vermelho da casa a o lado. O cheiro no ar, o ruído da chuva me é tão peculiar que me passa a cabeça lembranças antigas guardadas em mim e que pareciam esquecidas com o tempo. Elas não me causam tristeza, melancolia, ou alegria. É alguma coisa próximo da contemplação, de um sentimento meio sem estrutura e de dificil definição. Então eu fico viajando sem sair do lugar, os pensamentos multiplicados, o olhar ultrapassando paredes, o ouvido captando outros sons distantes, vozes que não estão por perto e que me parecem longe, mas que são conhecidas de algum lugar desta minha vida.

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