Parte de mim estava lá.

Eu tinha que ter postado este texto no domingo, mas ele não acontecia por razões que desconheço. As palavras não vinham, as letras não saiam e então hoje sem maiores esforços a coisa vingou como um piscar de olhos, natural e espontâneo:

Eu só pensava no magnifico banho ao chegar em casa depois daquele domingo de sol entre amigos e o tradicional churrasco de família. Na volta pra casa, enquanto dirigia, vinha em silencio que parecia-me ser alguma forma de insatisfação que eu não identificava ao certo, mas que aos poucos fui esmiuçando as ideias até perceber que se tratava da mesma sensação de quando eu retornava de lugares que pra mim tinham sido satisfatórios, bons, no aspecto de companhias simples, agradáveis e que me punham a vontade ou de lugares que me transmitiam paz e harmonia entre eu e o que estava a volta. Um acertamento ou integração íntima difícil de explicar. Era isto, eu estava chateado de ter deixado pra traz momentos de prazer, de intensa alegria, de bem estar entre pessoas que ali estavam e haviam me proporcionado ficar a vontade no grupo, com simplicidade, autenticidade, sem posturas socialmente elegantes e cuidadosas. Me sentia como uma criança que ganha um presente e não quer ser afastado dele nem para dormir. Ainda comentei com uma amiga sobre o que estava sentindo ao deixar as pessoas pra trás e vir embora
: Uma espécie de melancolia que cabe bem nesta cantiga de Roda que todos nós bem conhecemos e que um dia certamente cantamos: "O anel que tu destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era doce e se acabou..." Inumeras vezes quando voltava de Bombinhas para casa, sentia isto, como se parte de mim ficasse por lá e só retomaria de volta, quando eu voltasse no verão seguinte!

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