Passeio pelo Bric

Quando abri a janelas de meu quarto, a manhã prometia um belo dia de sol. E realmente cumpriu-se. Espreguicei-me, tomei meu banho e então a lembrança abençoada: Férias? Parecia inacreditável, mas era verdade. São apenas quinze dias sem prévios planos, sem dinheiro, mas já dá pra desopilar, descarregar, limpar um pouquinho a cabeça do stress mental dos últimos meses de plantões corridos, agitação, adrenalina, paradas cardíacas, atropelamentos, motociclistas caído ao solo, surtos psicóticos e daí se vão... Peguei meu carro e fui dar um passeio no “Bric da Redenção”, como há muito tempo não fazia. Encontrei entre alguns rostos conhecidos uma porção de desconhecidos, alguma manifestação política, que sempre se encontra aonde quer que vá. Entregas de panfletos do PT, do P Sol, encontros de grupos não governamentais em favor do meio ambiente, da prevenção do câncer de mama, dos homossexuais, adoção de filhotes de gatos e cachorros vira-latas, por que os de raça são vendidos, homem e mulher-estátua, palhaços gigantes e coloridos, som de violão misturado com gaita de boca, cantores nordestinos interpretando musicas Zé Ramalho, dança e cantorias indígenas, a classe média desfilando cuias de chimarão e animaizinhos de estimação perfumados, filas quilométricas na banca do acarajé, do suco natural sem açúcar... Visitei minhas preferidas, as de pintura a óleo e moveis antigos, andei mais um pouco pelo parque almoçei um quibe com suco de abacaxi entre pequenos empurrões e com -licenças educados e fui-me embora ver o sol no Guaiba.

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